Vamos começar com duas perguntas: em que dia aconteceu aquele famoso atentado às Torres Gêmeas, em Nova York? Onde você estava naquele momento? A menos que você fosse um bebê naquele dia, provavelmente vai se lembrar dessas respostas imediatamente. Mais um ponto: você deve estar pensando “o que isso tem a ver com educação e jogos para a aprendizagem”?
Na verdade, diferentemente dos jogos, o atentado às Torres Gêmeas, que ocorreu em 11 de setembro de 2001, não tem nada de divertido. Porém, essa relação revela um fato que precisa ser transposto para a prática pedagógica: a emoção torna fatos, informações ou conceitos praticamente inesquecíveis.
Durante séculos, o grande apelo foi para que os alunos ativem seu “cérebro racional” durante a aula. A exposição do professor, estruturada em tópicos elaborados com uma sequência lógica, mostra essa preocupação.
Porém, toda vez que deixamos o cérebro emocional fora da sala de aula, perdemos a chance de tornar o aprendizado muito mais fácil e efetivo. Despertar emoções é uma maneira de estimular a retenção de informações.
Mas durante a aula, a emoção não deve ser impactante e nem terrível como aquela que contagiou o mundo em um atentado. Cabe ao professor a tarefa de criar situações positivas, agradáveis, surpreendentes e desafiadoras. Para isso, nada é tão efetivo quanto o uso de jogos na aprendizagem.
Muito além da sala de aula: as oportunidades da Pedagogia Empresarial;
Pós-graduação em Educação: descubra as áreas em alta;
Dificuldades de aprendizagem: você está preparado para enfrentá-las na sala de aula?;
É possível ser valorizado no mercado atuando como profissional de Educação?;
Há duas maneiras de ensinar. Uma delas é aquela que vemos na maioria das aulas, em que os alunos passam a maior parte do tempo sentados em carteiras enfileiradas, ouvindo a exposição e realizando exercícios. Para quem está em uma fase da vida em que o movimento é constante, isso é difícil.
No entanto, há outra forma de abordar os conteúdos. Muitos deles podem ser transformados em jogos ou ser abordados de forma lúdica, como em representações. Existem algumas vantagens nesse método:
Mesmo os alunos que gostam da escola nem sempre se entusiasmam com as aulas. Eles se sentem felizes por encontrarem os amigos, por conviverem, mas consideram a exposição da matéria entediante. Isso é compreensível.
Antes de nos julgar por darmos razão aos alunos, pense um pouco. Lembre-se da última reunião em que os professores da sua escola, incluindo você, tiveram que assistir palestras por um dia inteiro, talvez durante um treinamento.
O que aconteceu durante essa “aula”? Você e seus colegas ficaram em silêncio ou houve conversa paralela? Foi agradável ficar sentado por tanto tempo? Conseguiu se concentrar durante todo o período ou seu pensamento se dispersou?
Se nós, adultos, temos dificuldade para permanecermos em silêncio e concentrados durante esse tipo de situação, imagine como as crianças se sentem.
Por isso, aliar educação e jogos para a aprendizagem é uma forma de proporcionar um clima positivo em sala de aula. Os alunos chegam à escola curiosos para saber o que acontecerá na classe e sempre esperam uma boa surpresa.
O desejo é o principal motor da ação. Os alunos do século XXI encontram conteúdo disponível em todos os lugares, e às vezes apresentados de uma maneira muito mais atrativa do que aquela que eles veem em sala de aula.
Por isso, grande parte do trabalho do professor já não precisa estar tão focada na transmissão do conteúdo. Ele conseguirá um resultado muito melhor se conseguir despertar nos alunos o desejo de aprender e se dispuser a orientá-los nessa jornada rumo ao conhecimento.
Se existe algo que as crianças têm de sobra, é energia! Não dá para simplesmente esgotar essa fonte mandando-as ficarem sentadas. A canalização pode acontecer por meio de atividades em que elas dão vazão a essa energia ou pelo menos têm a oportunidade de sentar-se de forma mais descontraída.
Ao optar por uma abordagem que pense em educação e jogos para a aprendizagem, ao contrário do que muitos pensam, fica mais fácil manter a disciplina. No momento da brincadeira, logicamente haverá mais barulho.
No entanto, o jogo é um dos recursos mais eficazes para ajudar os alunos a internalizarem regras. Por isso, depois do momento lúdico, será mais fácil mantê-los em seus lugares e obter a cooperação do grupo.
Jogar contribui para o desenvolvimento socioemocional. Ao identificar seus pontos fortes e fracos, a criança faz um exercício de autoconhecimento. Ela também aprende a lidar com frustrações, tornando-se resiliente, mobiliza seus recursos cognitivos para superar desafios e trabalha em equipe.
Muitos jogos permitem a utilização prática do conteúdo. O que era teoria se torna uma situação semelhante à realidade, exigindo a aplicação de conceitos e conhecimentos. Isso eleva a aprendizagem a um nível mais profundo, garantindo resultados melhores e mais duradouros.
Atende às necessidades de alunos com dificuldades de aprendizagem
Os alunos não formam um grupo homogêneo. Entre eles, existe um grupo que apresenta dificuldades de aprendizagem. Para eles, a aula tradicional dificilmente proporciona o estímulo necessário para compreensão dos conceitos abordados.
Ao utilizar jogos para a aprendizagem, as chances de o professor atender às necessidades desses alunos são maiores. Além disso, eles serão envolvidos pela atividade, o que contribuirá para melhorar sua autoestima e promover a aceitação do grupo.
Muitos educadores ainda não se sentem aptos a elaborar uma trilha de aprendizagem mais lúdica. No entanto, existe o curso de pós-graduação em educação e jogos para a aprendizagem.
Além de todo o conteúdo necessário para que o educador se destaque na elaboração e utilização de jogos pedagógicos, o curso abre novas oportunidades de carreira.
Existe a possibilidade de criar espaços focados no desenvolvimento de cognitivo de crianças. Essa pode ser uma alternativa para pais que precisam trabalhar e não têm onde deixar os filhos no contraturno, ou não encontram opções tão interessantes quanto uma tarde de brincadeira e aprendizado.
Mesmo que o especialista em educação e jogos para a aprendizagem não queira abrir um espaço próprio, ele pode oferecer seus serviços. Os clientes em potencial, nesses casos, são brinquedotecas, consultórios, condomínios, escolas e outros locais frequentados por seu público-alvo.
A consultoria também é uma possibilidade para esses profissionais da Educação. Eles podem atuar junto a editoras para melhorar a abordagem didática de conteúdos ou oferecer seus serviços às empresas que desenvolvem softwares educacionais, cada vez mais comuns no mercado.
E então, entendeu qual é a importância de conciliar educação e jogos para a aprendizagem? Quer descobrir outras possibilidades de carreira para o educador? Conheça nosso curso!